sexta-feira, agosto 22, 2003

Continuação da resposta (contextualizando).

O que eu escrevi ao Comprometido Espectador e que importa para o caso foi:

".....Paulo Portas, deveria distinguir as seguintes situações, que ele percebe muito bem. Ele poderia marcar presença no funeral, que só lhe ficava bem. Prestava a homenagem ao homem que admirou e que muitos admiraram. Não deveria é ter proporcionado um funeral com honras de estado, pois o próprio Maggiolo se excluiu desse envolvimento com o estado português que, goste-se ou não se goste, na altura se ausentou de Timor."

Obviamente, não se trataria de uma questão política até PP ter jogado a cartada, que foi o funeral com honras de estado. Diria mesmo, como Eça de Queirós, que o caso é simples. Trata-se de uma mera questão de etiqueta, ou da sua versão mais especifica e oficial, o protocolo.
Ao proporcionar honras de estado, PP está a contabilizar votos, que lhe vão fazer muito jeitinho no confronto que se avizinha com Manuel Monteiro. Está a apelar para a tal direita de que fala Ana Gomes, e à qual o PSD dificilmente tem acesso. Mas Manuel Monteiro tem. E Manuel Monteiro ainda não entrou no mito do PGS (Partido da Gente Séria), o que poderá vir a fazer.
Concordo com a maioria das opiniões que afirma que a ND não vai a lado nenhum. Mas poderá pontualmente (se chegar às próximas legislativas) ter força para fazer baixas sérias no PP.
Daí que Paulo Portas já está no terreno, onde ele sabe que lhe resta algum caminho. e o caminho (segue lugar comum) faz-se a andar.