terça-feira, agosto 05, 2003

Pois é!

A indignação parece ter tomado conta de alguns blogues!
Não é caso para menos na medida em que nos indigna um pouco a todos ver terra e mais terras a arder.
Terras portuguesas, de Portugal. As nossas terras.
Os links para outras terras, virtuais, seriam inúmeros, e os dedos acusadores também.
Eu gostaria aqui de lembrar umas sessões de apresentação dos novos meios de prevenção e combate a incêndio que tiveram lugar nos tempos do ministro Cravinho antes da época dos fogos.
Tinham ar de propaganda, mas motivavam as pessoas.
Será por acaso que este ano está tudo a arder?
Também gostava de lembrar umas fotografias que correram as revistas e os jornais com as equipas de salvamento nas praias, equipadas com uns mitsubishi amarelos, novinhos em folha.
Também tinham ar de propaganda, mas o que é facto é que as praias até pareciam o marés vivas.
Será por acaso que este ano já se bateram vários recordes de afogamentos, e ainda a época balnear não vai a meio?
Não, não é por acaso.
E para que não haja confusões, é claro que este post é faccioso. E político.
Governar não é por as finanças em ordem. Ou em desordem, ao que parece.
Por muito que se passe do calção para a tanga e da tanga para o calção, não é isso que impede as pessoas de morrerem afogadas, ou as terras de ficarem queimadas.
Ao contrário da natureza, a sociedade não encontra sempre o melhor caminho.
É bom que nos lembremos que há caminhos e caminhos, e este que estamos a percorrer é nitidamente para ter que voltar para trás.