quarta-feira, agosto 27, 2003

Flashback

O Abrupto anuncia o fim do Flashback na TSF.
Não ouvi sempre o programa, mas ouvi muitas vezes ao longo de todos estes anos.
Tambem vi muitas vezes na televisão quase desde o inicio.
Ultimamente costumava esperar pela repetição das duas da manhã, aos domingos e quando não podia, fazia o download da net.
Tenho pena que acabe, mas espero que possa continuar de qualquer outra forma, noutra rádio ou na tv.
Se assim não for vai ser mau. Mesmo mau.

Sistema Polí­tico

O Mata-Mouros lança aqui o desafio para o debate sobre o sistema polí­tico vigente em Portugal.
Ele explica a sua ideia aqui e solicita, suponho, contributos à  blogosfera.
Pois bem , cá vai uma modesta contribuição.
Em primeiro lugar, se alguem não concorda com o sistema vigente, não deverá por isso deixar de votar. A menos que não concorde com a existência de eleições.
Alguem que não concorde com o sistema deverá votar nulo, por falta de outras opções, já que a opção "branco" está reservada a quem concorda com o sistema e com as eleições, mas a quem nenhuma das opções disponiveis agrada.
Não votar significa, na minha modesta e auto-construida opinião, rejeitar as eleições e portanto a essencia da democracia. Julgo não ser esse o caso do Mata-Mouros.
Em segundo lugar, estou essencialmente de acordo com o proposto e até elogio a ousadia, muito embora o problema tenha contornos muito dificilmente vislumbráveis para um simples cidadão como eu.
Por exemplo, não seria possivel reformar o sistema polí­tico sem resolver a promiscuidade existente actualmente na função legislativa. E só aqui temos pano para mangas. Repare-se na diversidade de proveniências, na intensidade de publicação e na efectividade de aplicação. Um desastre. Atente-se ainda no valor de cada acto legislativo, quase desprovidos de hierarquização e sempre demasiado "interpretáveis".
Faltou-me referir a coerência.
Daqui podemos passar para a comunicação e aí­ estão as grandes virtudes do sistema proposto pelo Mata-Mouros. Aliás, à  semelhança de tudo quanto é feito pelos americanos.
Uma constituição simples e fácil de interpretar, fácil de ENSINAR, bem como a legislação mais básica, incidindo sobre os direitos e os deveres dos cidadãos seria sem dúvida muito bem vinda.
Em Portugal, quando alguem chega realmente a saber os seus direitos e deveres, já percorreu metade da sua vida activa. Nunca entendi para que serve aprender duas linguas, trabalhos oficinais e tecnológicos, fisica e quimica, etc e tal, sem se saber o essencial, que é ser cidadão. "Já me tem dito" que as idades se adequam aos campos do saber, que não é possivel começar a aprender matemática com quinze anos, e que é preciso saber os lusiadas para saber português, etc. Compreendo e concordo, mas isso não quer dizer que não seja mais importante aprender a relação direitos/deveres, por exemplo.
Voltando ao assunto, a prioridade da proposta, quanto a mim seria o sufrágio para a escolha do governo. A legitimação do mesmo através de eleições próprias e independentes do parlamento.
Até aceito a manutenção da figura do Presidente. Ou outra de caracter representativo. Numa primeira fase ou definitivamente.
Já não vejo vantagem na existência de duas câmaras parlamentares. Eventualmente numa ampliação do parlamento, sim.
Existindo um governo eleito por sufrágio directo, a eleição do parlamento poderia ser feita de forma a permitir uma maior diversificação de forçass partidárias e poderiam ser impostas regras de maior rotatividade, porque deixaria de se sentir o problema da estabilidade governativa. Esta tendência actual para as maiorias, que só serve o marasmo poderia ser atenuada, garantindo a estabilidade governativa.
Enfim, nada que não se resolva, mas que encontraria pela frente as mais dificeis resistências.

terça-feira, agosto 26, 2003

Confiança

Sobre os tais portugueses, em quem Durão Barroso confia, o melhor post.
Já agora, não deviam ser os portugueses a confiar em Durão Barroso? Desde que foi eleito não para de dizer que confia nos portugueses. Isto deve ser uma moda, ou uma micro-doutrina de comunicação, ou algo parecido.

Choque e Espanto 5

Espantou-me o enfase dado ao falhanço de Vitor Baía no Jogo de domingo.
Não sou portista nem sequer me interessa por aí além a problemática do futebol nacional para lá do desempenho da nossa selecção, mas que é estranho, é.
Inclusive nos jornais mais próximos do clube das antas, as manchetes eram do tipo "Falha MONUMENTAL de Vitor Baía".
São estes fenómenos. Já foi bestial e já falta pouco para passar a besta.
Mas nós podemos perguntar se é o homem que anda desconcentrado com o afastamento da selecção nacional, ou se existe uma "tendência" para justificar o afastamento.
Ou se é apenas a lei da vida, e a curva é já descendente. Mas se é este o caso, não parece muito correcto o enchovalho com este tipo de parangonas nos jornais.
Afinal ele prestou um bom serviço à nação, mantendo-se firme quando muitos outros desistiram.
Merece pelo menos honras de estado.

sexta-feira, agosto 22, 2003

Continuação da resposta (contextualizando).

O que eu escrevi ao Comprometido Espectador e que importa para o caso foi:

".....Paulo Portas, deveria distinguir as seguintes situações, que ele percebe muito bem. Ele poderia marcar presença no funeral, que só lhe ficava bem. Prestava a homenagem ao homem que admirou e que muitos admiraram. Não deveria é ter proporcionado um funeral com honras de estado, pois o próprio Maggiolo se excluiu desse envolvimento com o estado português que, goste-se ou não se goste, na altura se ausentou de Timor."

Obviamente, não se trataria de uma questão política até PP ter jogado a cartada, que foi o funeral com honras de estado. Diria mesmo, como Eça de Queirós, que o caso é simples. Trata-se de uma mera questão de etiqueta, ou da sua versão mais especifica e oficial, o protocolo.
Ao proporcionar honras de estado, PP está a contabilizar votos, que lhe vão fazer muito jeitinho no confronto que se avizinha com Manuel Monteiro. Está a apelar para a tal direita de que fala Ana Gomes, e à qual o PSD dificilmente tem acesso. Mas Manuel Monteiro tem. E Manuel Monteiro ainda não entrou no mito do PGS (Partido da Gente Séria), o que poderá vir a fazer.
Concordo com a maioria das opiniões que afirma que a ND não vai a lado nenhum. Mas poderá pontualmente (se chegar às próximas legislativas) ter força para fazer baixas sérias no PP.
Daí que Paulo Portas já está no terreno, onde ele sabe que lhe resta algum caminho. e o caminho (segue lugar comum) faz-se a andar.

A morte (na praia)!

Incrivel post no blogue "a praia".
Há coisas assim, identificações absolutas em certos aspectos.
Pronto, é porque é assim. Não há nada a fazer.

quarta-feira, agosto 20, 2003

A resposta

Caro Espectador (Comprometido)

Se bem entendi, não é tanto a questão da descolonização que lhe interessa, mas sim a postura da esquerda face ao fenómeno. Postura essa equivalente à que a mesma esquerda mantém face a outros acontecimentos de igual envergadura. Não adjectivei propositadamente. Deve entender que sendo eu “de esquerda” utilizaria outros adjectivos que não os seus.
Vou atrever-me a dar-lhe uma opinião, que é só isso, uma opinião sem qualquer pretensão a ser algo mais.
Parte do que distingue a direita da esquerda, é o sonho. O sonho, ou os sonhos são um “território” muito vasto, mas no “campo” político, a esquerda arroga-se detentora da parte sonhadora da sociedade. A esquerda, quase por definição, acredita no homem e na sua capacidade de construir um mundo melhor. No Homem, e não neste ou naquele homem. A direita, duvida. Tem uma visão pragmática e desconfiada da natureza humana e por isso duvida. (Digamos que, genericamente, duvida serem os homens capazes dessa construção e que ela deverá ser levada a cabo por alguns desses homens. Os melhor preparados, certamente. A forma de os encontrar varia muito.) A esquerda acredita na progressão (utilizei esta palavra há falta de melhor, neste momento) da humanidade para sociedades mais justas, ainda que tal tenha que ser feito por rupturas. A direita acredita no aperfeiçoamento por ajustes. São duas faces de uma mesma moeda, que terá sempre essas duas faces, embora a espessura possa variar, definindo territórios comuns conforme a moeda (leia-se, os tempos). Da mesma forma que uma moeda não é um ovo ou uma esfera, a questão das fronteiras ideológicas, para mim, não se põe. Elas existiram sempre, porque na essência, são duas formas distintas de estar na vida. As temáticas, as doutrinas, frequentes vezes mudam de lado, mas isso não desvirtua o essencial. A esquerda “começou” com os liberais, no entanto o liberalismo está hoje no lado direito do espectro político.
Continuando, a esquerda abriu ao mundo muitas novas possibilidades, através de outras tantas experiências. Grande parte delas correram mal, independentemente dos ensinamentos que proporcionaram e dos novos patamares de evolução social e humana que estabeleceram. É muito natural que ao ser confrontada com esses factos, a esquerda se resguarde e tenha relutância em assumi-los, ou mesmo que tenda a culpar o outro lado, pela falta de empenho nessas novas soluções (a tal desconfiança pragmática) ou pelo boicote estratégico promovido (Kissinger, por exemplo). Não nos podemos esquecer, que se trata de homens e mulheres, que não poucas vezes, empenharam toda a sua vida nessas lutas. Evidentemente que não é fácil assumir e deglutir posições que causaram milhares de mortes e sofrimento generalizado. Não se passa exactamente o mesmo com a direita? Com essa direita que Ana Gomes fala, que se cala sobre Pinochet e que no fundo até aceita a invasão indonésia a Timor.
Mas, da mesma forma que existem várias direitas, e eu conheço algumas, existem várias esquerdas.
A esquerda que me interessa não é aquela que não perdoa aos americanos a queda do bloco soviético e que mantém uma esperança em cuba. No que diz respeito ao bloco soviético, nunca tive dúvidas sobre o seu fracasso e nunca entendi como foi possível acreditar “naquilo”. De qualquer das formas tive a felicidade de visitar o leste duas vezes antes da queda do muro e duas depois, e ainda me impressiona que se tenham desbaratado quase todas as coisas boas dos regimes comunistas (asseguro-lhe que havia algumas) por um americanismo primário. Note-se que os Estados Unidos são o ÚNICO país pelo qual eu trocaria este nosso Portugal, e que Nova Iorque é, de longe, a melhor cidade que conheço.
A esquerda que me interessa é aquela que continua a sonhar com um mundo melhor e que não se atemoriza com rupturas quando elas são necessárias. Não, não se trata da fantochada do fórum social português, onde toda aquela gente sabe muito bem o que quer, que é, no limite, impor novas ordens onde se está mesmo a ver quem fica a mandar. Provavelmente vai apenas conseguir algum espaço para novos protagonistas, o que no fundo serve bem os mesmos interesses. É a esquerda que sabe que cada ser humano é um só e que o seu valor perante os outros seres humanos é esse mesmo, o da unidade. (Isto já não é verdade para as nações e muito menos para as civilizações). É a esquerda que tem como prioridade o homem e não esta ou aquela tese económica. Enfim, é a esquerda de muitos valores e princípios que não importam ao caso.
Importa é que existe uma esquerda que não se demite. Que não se ausenta. Uma esquerda que está sempre pronta a debater e confrontar opiniões, assim elas sejam genuínas. (continua quando houver tempo).
Um abraço.

segunda-feira, agosto 18, 2003

Estranho

Então, hoje tambem está calor, e vento, como é, não arde nada?

Transcrição

"J'admets que le désordre des choses, s'il est limité et en quelque sorte honnête, peut répondre mieux à notre état d'âme.
Mais je déteste le désordre hâtif qui est l'expression d'une indifférence à l'órdre, une sorte d'étroitesse d'esprit, de bien-être satisfait, de négligence, d'inattention."
Aldo Rossi, na sua Autobiografia cientifica.

sábado, agosto 16, 2003

Duas referências

O Expresso publicou, na edição de ontem, duas referencias a que convém prestar atenção.

A primeira é à entrevista ao patético Ministro Arnaut. Que um secretário-geral do PSD tenha aquelas posturas, só revela falta de dimensão, mas compreende-se. No entanto, um ministro tem que se manter num patamar um pouco mais elevado. Falar do estado em que Guterres deixou o país, depois das revelações dos relatórios independentes e enquanto Portugal está a arder com claras responsabilidades para a maioria, é no mínimo de mau gosto. E não terá ele ainda percebido que o discurso, falso, da “desgraça da governação socialista”, já deu o que tinha a dar (realmente deu os seus frutos) mas já ninguém o quer ouvir. A não ser que esteja o Ministro Arnaut a falar para o Secretário-Geral Arnaut e vice-versa. Patético.

A Segunda é o texto de Tiago Pitta e Cunha em nome da Comissão Estratégica dos Oceanos, que é coisa de que pouco se tem falado, mas que tem tudo para ser das poucas boas marcas deste governo.
O texto é bem escrito e enquadra muito bem a actividade a desenvolver. Quase não refere o turismo, mas no ultimo parágrafo emenda a mão. Convém realmente não esquecer. No resto, o fundamental está lá. Vamos a ver se não passa de uma boa intenção, mas pelo menos à partida, promete.

Por uma questão de honestidade política, devo perguntar aqui, neste blog de inclinação socialista, o que terá passado pela cabeça de Jorge Sampaio para se ausentar em férias numa altura destas.

sexta-feira, agosto 15, 2003

Mata-Mouros

O Mata-Mouros é sem dúvida um excelente blog! Repito, um excelente blog.
Não comungo de grande parte dos pontos de vista, mas o mata-mouros é portador daquela genuinidade doseada a poucos reservada. e os textos sucedem-se claros, elucidativos, inteligentes, de fino recorte. Oxalá continue.

quarta-feira, agosto 13, 2003

É fogo a mais

Dizia hoje o meu barbeiro que tanto fogo só podia ter como causa o nosso envolvimento na guerra do Iraque.
De certeza que haveria por ai terroristas que na impossibilidade de lançarem bombas estariam a pegar fogo ao país.
Bom, realmente já é fogo a mais.
O número de hectares ardidos aproxima-se rapidamente do dobro dos piores anos de sempre.
Os fogos tem inicio em diversos sitios ao mesmo tempo, em paisagens completamente distintas.
Arde montado, arde pinhal, arde eucaliptal, arde o quintal, arde quase tudo.
Por mais intensa que seja a vaga de calor e por mais intensa que seja a incompetência do governo, começa a parecer impossivel.

Choque e Espanto 3

Vivo chocado e espantado com a actuação da banca em Portugal.
Confesso não conhecer a realidade bancária dos restantes paises europeus, mas a sucessão de garantias com que a nossa banca se rodeia para qualquer operação é quase inacreditável. Eu bem gostava que no meu ramo fosse assim. Cada cliente, antes da encomenda começava logo por hipotecar a casa a meu favor. Reforço da encomenda significaria hipoteca do carro. E assim sucessivamente, até à riqueza total.
Isto já para não falar nas taxas, comissões, etc. em cobrança permanente.

Ah! Ganda Primeiro-Ministro

Já muitas vezes tenho afirmado, deste governo salva-se o PM e muito pouco mais.
Antes de ser eleito, ninguem diria que tão fraco lider da oposição desse um PM razoavel, mas vá lá.
Mas que o homem está com a corda toda, isso está. E isso sente-se. Depois do total desastre que foi a acção do governo, ele não perde tempo e atira logo com a reforma da floresta. Está certo, é isso mesmo, faz a sua parte. Lá se o governo irá conseguir levar a tarefa adiante, permitimo-nos duvidar, mas pelo menos o PM esteve bem.
P.S. Não parece possivel fazer esta reforma sem mexer na propriedade, e isso é algo de muito complicado. É que mexer na propriedade rural sem mexer na propriedade urbana.......
Esperemos que sim, que se consiga.

terça-feira, agosto 12, 2003

Feedback to "O triunfo dos burros"

Meu caro,
Muito obrigado pelo e-mail e pela sugestão de inscrever o blog em PTBloggers.
De facto não o tinha feito ainda. Na verdade, nem aos amigos revelei este meu "endereço".
Não foi por nenhum motivo especial, para além da falta de tempo para promover com alguma dignidade o blog, que é um espaço que muito prezo.
Trabalho bastante e esta semana nasceu-me mais um filho, pelo que..........
O tempo não chega para tudo.
Assim, não pude ainda ler com a devida atenção o teu blog, o que prometo fazer quanto antes.
No fundo isto trata-se de um encontro, entre nós e os outros, mas principalmente com nós mesmos.
E é isso que me agrada, é este encontro, ora mais racional ora mais emotivo, com um universo de ideias que por cá se agitam, mas com a possibilidade de alguém ler. Um, como dizes, já é bom. Se forem mais, tudo bem.
Claro, existe a tentação permanente de versar assuntos da actualidade, até em resposta a outros blogs e outras leituras. Sinto-me obrigado a contrariar essa tendência, nem que seja de vez em quando, mantendo o fio condutor que me levou a "publicar" no blog.
Obrigado e Abraços
Fortuna

sábado, agosto 09, 2003

Ainda o fogo que arde e se vê.

Acabo de ler a crónica de Ferreira Fernandes na Focus.
É espantosa a capacidade das pessoas de desculpabilizar o governo.
Então não vem lá escrito que o pinheiro é a "nossa floresta".
Então não é que a "nossa floresta" arde a sério de vinte e cinco em vinte e cinco anos quando os pinheiros adquirem tamanho "à justa".
Então não é que hà vagas de calor coincidentes com o tamanho ideal dos pinheiros, aproximadamente de vinte e cinco em vinte e cinco anos.
Então não é que com tanta coisa sobre que falar, o senhor decide dissertar sobre os portugueses e a sua mentalidade incompativel com pinheiros de vinte e cinco anos.
Então não é que nos convida a olhar para nós proprios e para a nossa mentalidade tacanha de quem atira foguetes em dia de calor?
Bolas, é espantoso.
Não estará o senhor a pensar no sobreiro, no carvalho, no freixo, etc.
Terão os pinheiros a mesma idade em toda a floresta de pinheiros?
E ainda que tivessem, 50 anos de incêndios não teriam diversificado a floresta?
E ainda que não, estará Portugal coberto de pinhal do Minho ao Algarve? É que ouve incêndios em todo o lado.
Sendo a percentagem de incêndios causados pelos foguetes muito pouco significativa mas de certa forma conclusiva sobre a mentalidade de alguma população, não será que o alerta deixado serve apenas para encobrir a total incapacidade do governo da Dra. Ferreira Leite.
Será que a elevadissima percentagem de afogamentos este ano tambem tem a ver com a idade das algas?
Senhores cronistas e fazedores de opinião, para isto não vale a pena, poupem-nos.


quarta-feira, agosto 06, 2003

Choque e Espanto 3

Então não é o Paulo Portas que está por trás das revelações do 24 Horas sobre os rendimentos de JPP?
Já não entendo nada. Não é que ele acha que é por causa das eleições para o Parlamento Europeu.
Isto assim já são muitas cabalas, já é quase uma caldeirada.

terça-feira, agosto 05, 2003

Link

Vale a pena ler o texto "Calamidade Pública V" no Mata Mouros.
Aliás, é um blog que vale a pena. Vai ser mesmo a primeira referncia que vou colocar aqui ao lado.
Parabens.

Enfim só!

Estava a ver que a cidade nunca mais se esvaziava.
Hoje parece que sim, finalmente.
Acontece um novo equilibrio nesta época do ano, talvez mais equilibrado, mais repousado.
Há pessoas que vejo todos os dias e com quem só consigo conversar nesta altura. E é magnifico.
Há ruas cuja aparencia só consigo visualizar nesta altura.
Muitas vezes me pergunto se o ritmo não deveria ser sempre assim.

Pois é!

A indignação parece ter tomado conta de alguns blogues!
Não é caso para menos na medida em que nos indigna um pouco a todos ver terra e mais terras a arder.
Terras portuguesas, de Portugal. As nossas terras.
Os links para outras terras, virtuais, seriam inúmeros, e os dedos acusadores também.
Eu gostaria aqui de lembrar umas sessões de apresentação dos novos meios de prevenção e combate a incêndio que tiveram lugar nos tempos do ministro Cravinho antes da época dos fogos.
Tinham ar de propaganda, mas motivavam as pessoas.
Será por acaso que este ano está tudo a arder?
Também gostava de lembrar umas fotografias que correram as revistas e os jornais com as equipas de salvamento nas praias, equipadas com uns mitsubishi amarelos, novinhos em folha.
Também tinham ar de propaganda, mas o que é facto é que as praias até pareciam o marés vivas.
Será por acaso que este ano já se bateram vários recordes de afogamentos, e ainda a época balnear não vai a meio?
Não, não é por acaso.
E para que não haja confusões, é claro que este post é faccioso. E político.
Governar não é por as finanças em ordem. Ou em desordem, ao que parece.
Por muito que se passe do calção para a tanga e da tanga para o calção, não é isso que impede as pessoas de morrerem afogadas, ou as terras de ficarem queimadas.
Ao contrário da natureza, a sociedade não encontra sempre o melhor caminho.
É bom que nos lembremos que há caminhos e caminhos, e este que estamos a percorrer é nitidamente para ter que voltar para trás.

segunda-feira, agosto 04, 2003

Ai, Ai, estou que nem posso...

Está visto, é o verão da Frize Limão.
Do estou que nem posso.
Realmente a "água" é boa, muito boa.
Não é bem água, mas não há dúvida que é boa.
E as palavras ficam no ouvido. Basta passar ao lado de um grupo de adolescentes e ouve-se pela certa o "ai, ai, estou que nem posso".
Ontem queria uma garrafinha, e disse-me logo a senhora do café que estava esgotada no fornecedor e que ela estava que nem podia com tanta procura.
São assim os sucessos de verão.
Já a "SIC GAJA", que tambem é novidade (o nome ouvi de uma amiga minha), com aqule ambiente penso higienico, tem a atenção que merece, isto é, bah!
Os fogos não são novidade, novidade é dizer que o que se pode fazer é uma profunda reflexão no Outono. Já agora, porque não no Outono passado?
Mas sobre os fogos ainda muita tinta vai correr. Se calhar da pior maneira, mas não parece que vá ser possivel ignorar tamanha incapacidade.
Cheira aqui a esturro e parece que o governo se chamuscou. Mas como o governo está de férias e a oposição ao que parece, tambem, ainda vai ser preciso aguardar pelos desenvolvimentos mais quentes.
Aguardemos!